Paul McCartney está realizando a maior turnê da sua carreira no Brasil, com 8 shows em 5 cidades diferentes. Aos 81 anos, o ex-Beatle está continuando a sua jornada pelo mundo – antes de chegar ao Brasil, ele estava na Austrália com a turnê “Got Back”.
Mantendo-se como um artista inovador que fez história ao longo de seis décadas de carreira. Neste ano, ele contribuiu para o lançamento de “Now and Then”, considerada a “última música dos Beatles”, escrita e gravada por John Lennon em 1978, utilizando inteligência artificial. McCartney comentou em um vídeo publicado no YouTube: “É uma música muito emotiva e todos nós a tocamos. É uma autêntica gravação dos Beatles”.
A inovação e a criatividade são elementos marcantes na sua trajetória e foram fundamentais para tornar o astro inglês um dos artistas mais renomados do mundo.
Junto com John Lennon, ele compôs mais de 300 músicas para os Beatles. Esse número não inclui as músicas criadas com os Wings, a banda que lançou vários sucessos durante os anos 1970, nem o seu trabalho ao longo das últimas décadas em carreira solo.
Na minissérie McCartney 3 2 1, disponível no Star+, o cantor britânico compartilha histórias sobre a sua vida e carreira em uma mesa de som com o produtor Rick Rubin.
Como “Yesterday” surgiu
Paul McCartney conta que acordou um dia com uma música na cabeça e foi até o piano pensando que a melodia era algo que seu pai tocava.
Ele tinha certeza de que já tinha ouvido aquilo antes e perguntou a John Lennon, que disse nunca ter escutado. Então, ele abordou George Martin, o produtor e arranjador de longa data dos Beatles. Martin gostou da música, mas não fazia ideia do que era.
Ninguém nunca tinha ouvido a música “Yesterday” até que Paul McCartney sonhasse com ela.
5 lições de Paul McCartney para a sua carreira
Aqui estão cinco lições de liderança e criatividade de Paul McCartney que o ajudaram a inovar e trazer músicas como essa ao mundo.
1. Ele começou com uma pergunta
Em 1964, McCartney já era uma estrela ascendente com os Beatles. Era um “especialista” em música pop. Mas ele não começou se exibindo ou ostentando uma confiança que ainda não possuía. Ele começou com curiosidade. A busca por “Yesterday” começou com uma pergunta: De onde vem essa música? E mais uma: Você já ouviu isso antes? A curiosidade, e não a certeza, o incentivou a inovar.
2. Não fez nada sozinho
Ele se rodeou de outros especialistas e compartilhou o seu trabalho. “Quando comecei a escrever músicas, estava trabalhando com um cara chamado John. Mais tarde percebi que estava trabalhando com John Lennon.” McCartney não teve receio de transformar as suas ideias em ação, compartilhando o que tinha e abraçando uma atitude questionadora. Ele estava buscando possibilidades, pensando no próximo passo (nem sempre o destino). Porque ele compreendeu que a inovação é um processo, não um fim. A jornada para “Yersterday”, e para outras músicas de sucesso, não foi percorrida sozinho.
3. Percebeu que não saber é o primeiro passo para descobrir algo
McCartney explicou a Rubin na minissérie que ele realmente não tinha ideia de onde a música havia vindo. Ele faz uma imitação de si mesmo com os olhos fechados, a cabeça para trás e roncando. Ele está sonhando com a letra da sua canção – que mais tarde se tornou o título de um filme estrelado por Himesh Patel e Lily James. Acontece que saber é o que pode impedir de descobrir. E McCartney fez uma grande descoberta: se você está ocupado sabendo tudo, não está inovando em nada.
4. Estava aberto a novas ideias
McCartney inicialmente achou que um arranjo orquestral para a sua música era uma ideia maluca. Ainda assim, ele permaneceu aberto a contribuições. “Por que não?”, ele se perguntava a si mesmo e aos seus colegas. Estar aberto a novas ideias é o primeiro passo para encontrá-las. Felizmente, seus amigos e produtores não o enganaram – a ideia transformou a música em um grande sucesso.
5. Aprendeu a escutar
O que aconteceria se você ouvisse seus colegas como ouve música? Às vezes, essa é a chave para criar algo poderoso. McCartney ouviu a sua intuição. Ouvir levou à inovação – e ao sucesso. Precisamos levar a habilidade da escuta para além dos estúdios de gravação das estrelas pop. A liderança começa com a escuta e isso vale para qualquer indústria. Porque toda inovação vem sempre do desconhecido.
*Chris Westfall é colaborador da Forbes USA. Ele escreve sobre carreira e liderança sob a perspectiva de um empreendedor que fundou três negócios, autor que publicou sete livros e executivo no mercado corporativo.
