O universo expandido está saturado. Essa constatação não é apenas uma opinião pessoal (apesar de que um pouco seja), mas sim uma observação do estado atual da indústria do entretenimento. Atualmente, todas as franquias têm sua própria versão do multiverso, tentando lucrar com a nostalgia de forma barata. Com poucas exceções, a maioria não soube como lidar com essa abordagem narrativa – até a Marvel parece ter aprendido apenas com a série “Loki” até agora. Mas “Deadpool & Wolverine” finalmente mostra que a Casa das Ideias entendeu como explorar esse conceito.
Este filme não é essencial para a trama multiversal meticulosamente planejada por Kevin Feige, mas sim focado na relação entre Ryan Reynolds e Hugh Jackman, oferecendo uma história sobre amizade. A dinâmica entre os dois atores é o ponto central do filme, que resgata o Wolverine de “Logan” para um público que cresceu assistindo aos X-Men nos desenhos animados. A nova versão do personagem é feita para criar uma conexão emocional com os fãs.
A abordagem do multiverso traz um peso narrativo à história, especialmente quando incorpora o passado dos filmes da Marvel produzidos pela Fox. As participações especiais trazem consigo uma carga sentimental e nostálgica, complementando a trama de forma coesa. O diretor Shawn Levy, conhecido por seu entendimento da indústria do entretenimento atual, conduz o filme de forma competente, elevando Reynolds e Jackman.
Apesar do aspecto comercial e da exploração da nostalgia, “Deadpool & Wolverine” se destaca por sua inteligência e originalidade, trazendo uma abordagem diferenciada em um cenário saturado de produções similares. Este filme demonstra uma nova perspectiva dentro do MCU, oferecendo aos fãs uma experiência única e divertida.