Criado no final dos anos 90 como um jogo de RPG de videogame que explorava um cenário pós-apocalíptico após um desastre nuclear, “Fallout” ganha vida em formato de série no Prime Video em 2024, com um enredo ainda mais sombrio e repleto de armas de destruição capazes de aniquilar qualquer vestígio de esperança ou otimismo.
No ano 2277, dois séculos após a devastação causada pelas bombas atômicas, uma pequena comunidade sobrevive em um abrigo subterrâneo conhecido como “Refúgio 33”, vivendo em relativa paz até serem surpreendidos por uma invasão externa. Neste momento crucial, a valente Lucy (Ella Purnell) é forçada a deixar sua segurança para trás em busca de seu pai, que foi sequestrado. Paralelamente, o jovem Maximus (Aaron Clifton Moten) luta para concretizar seu objetivo de ajudar os outros, mesmo que isso signifique confrontar aqueles que o feriram, em um acampamento militar pós-apocalíptico. Por fim, temos o emblemático Cooper Howard, também conhecido como “O Necrótico” (Walton Goggins), um cowboy zumbi que sobreviveu isolado por muitos anos no deserto e que aparentemente perdeu sua humanidade ao longo do tempo.
A narrativa da série é marcada pelo encontro e interação desses três personagens, proporcionando momentos de intensos embates que revelam mais sobre cada um deles e a jornada que os levou até ali. A única ressalva talvez seja o epílogo, que pode acabar sendo um pouco explicativo demais.
Além da envolvente história, a ambientação de “Fallout” é um destaque à parte. Com cenários realistas muito bem trabalhados, efeitos visuais de qualidade, uma estética retrô dos anos 50 muito bem desenvolvida, direções precisas (sob a supervisão de Johnatan Nolan, um grande fã dos jogos), atuações brilhantes, um humor peculiar, cenas de ação coreografadas com maestria e uma trilha sonora envolvente que transporta o espectador para outra era.
“Fallout” se destaca como uma das melhores adaptações de videogames para a tela, levando os espectadores a mergulharem de cabeça em um mundo distópico e sombrio que representa o possível futuro da humanidade. E o melhor de tudo, desperta a vontade de jogar os games novamente, imersos neste universo fascinante.