O recém-nomeado CEO da gigante aeronáutica dos Estados Unidos, Kelly Ortberg, informou aos colaboradores na última sexta-feira que a redução de quadros incluirá executivos, gerentes e funcionários. A empresa emprega cerca de 170 mil pessoas em todo o mundo.
“Nossa empresa está enfrentando um momento desafiador (…) que requer decisões difíceis e mudanças estruturais para garantir a competitividade e a satisfação de nossos clientes a longo prazo”, disse Ortberg aos funcionários.
A companhia também vai adiar para 2026 o lançamento de uma nova aeronave, o 777X, originalmente previsto para o próximo ano. Além disso, irá interromper a produção da versão de carga do avião 767 em 2027, após finalizar as encomendas atuais.
Enquanto isso, a produção da empresa está sendo impactada por uma greve dos trabalhadores que começou em 13 de setembro, após a rejeição de uma proposta de contrato que previa aumentos salariais de 25% em quatro anos.
A paralisação envolve cerca de 33 mil funcionários da linha de montagem de aviões, a maioria deles na região de Seattle, na costa oeste dos EUA, resultando na suspensão da produção das aeronaves mais vendidas da empresa.
A greve não deve resultar em cancelamentos de voos ou afetar diretamente os passageiros das companhias aéreas, mas representará mais um golpe para a reputação e as finanças da Boeing, em um ano marcado por problemas em suas operações aéreas, de defesa e espaciais.
A Administração Federal de Aviação dos EUA intensificou a fiscalização da empresa após um painel ter se soltado de um Boeing Max durante um voo da Alaska Airlines, em janeiro.
Em agosto, a NASA decidiu que uma espaçonave da Boeing não era segura o suficiente para transportar dois astronautas da Estação Espacial Internacional de volta para a Terra.
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