A Justiça da Espanha confirmou que o julgamento de Daniel Alves está marcado para os dias 5, 6 e 7 de fevereiro. O jogador é acusado de estuprar uma mulher de 23 anos em uma casa noturna de Barcelona, em dezembro do ano passado. Ele está detido desde 20 de janeiro e pode ser condenado a até 12 anos de prisão, a pena máxima para acusações de agressão sexual no país. Daniel Alves alega inocência e afirma que a relação sexual foi consensual.
Mesmo diante da possibilidade de enfrentar 12 anos de prisão, Daniel Alves provavelmente não cumprirá a pena completa. Ele poderia ser mantido detido por no máximo seis anos, pois sua defesa pagou à Justiça o valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) de indenização à denunciante no início do caso. A advogada da mulher questiona a possível redução da pena.
Em novembro, o Tribunal Provincial de Barcelona negou pela terceira vez o pedido da defesa para que Daniel Alves respondesse às acusações em liberdade. A Justiça espanhola justificou a necessidade de mantê-lo na prisão alegando que ele tem recursos financeiros suficientes para planejar uma fuga do país. Além disso, o Ministério Público solicitou dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período.
RELEMBRE O CASO
O caso teve grande repercussão na imprensa espanhola no ano passado. Em 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas o tempo todo e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.
No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro, que por muitos anos defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão em 20 de janeiro.
Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou seu depoimento diversas vezes, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não indo adiante. Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava, mas depois argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.