O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na sexta-feira (5) que enxerga a Alemanha como uma potencial parceira do Brasil na transição energética e no desenvolvimento sustentável, durante sua participação no evento Phenomenal World para a América Latina, em São Paulo.
A questão do desenvolvimento através do equilíbrio ecológico tem sido apontada pelo governo como uma prioridade diplomática desde o lançamento do Plano de Transformação Ecológica, apresentado por Haddad na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP).
“A Alemanha também está enfrentando o crescimento da extrema direita. No entanto, hoje é o país que, na minha opinião, olha para a América do Sul como um todo, e para o Brasil em particular, com um interesse mútuo. Ela vê o Brasil como um fornecedor de energia limpa”, disse o ministro.
“O Brasil pode ser um grande exportador de energia limpa para o mundo, mas também pode se tornar um parceiro que se reindustrializa com base em premissas de uma economia socialmente, ambientalmente e economicamente sustentável”, acrescentou.
A declaração sobre a Alemanha vem após o ministro ter mencionado que o Brasil não está no foco dos Estados Unidos e da China “como o Brasil almeja estar”. “Quando analisamos os discursos desses países em relação ao Brasil, vemos que subestimam, de certa forma, o potencial de um país como o Brasil, com suas características e com seu potencial inovador, inclusive do ponto de vista institucional”.
O ministro enfatizou que não percebe nenhum desdém da China e dos Estados Unidos em relação ao Brasil. “Durante as conversas com o presidente Xi Jinping da China, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o presidente Lula, em nenhum momento houve menosprezo do Brasil, considerando-o como uma potência de segunda categoria. No entanto, a subestimação do potencial de parceria é evidente”, afirmou.
Haddad também lembrou que o Brasil já teve parcerias estratégicas com a Alemanha na década de 1970 e que o país europeu decidiu recentemente, por motivos internos, abandonar a energia nuclear e focar mais no desenvolvimento sustentável.
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