Chegam às telas dois filmes brasileiros que merecem destaque: o documentário poético-geográfico-social “Uma baía” e o drama ficcional “Sem coração”. Vamos conhecer mais sobre cada um deles.
“Uma baía”, dirigido por Murilo Salles, apresenta oito ensaios autônomos sobre a baía de Guanabara e seus arredores. Cada parte do filme se dedica a uma região específica, como Maré, Ilha do Governador e São Gonçalo. A obra, sem locução ou entrevistas, proporciona uma experiência estimulante e inquietante através da construção visual e sonora de cada cena.
O primeiro segmento é centrado no Cais 18, mostrando um armazém que serve como sede social de sindicatos e um ambiente multifacetado onde se desenrolam diversas atividades. Ao longo do filme, somos apresentados a diferentes personagens e ambientes, revelando a relação do homem com o seu entorno em meio a um retrato vivo e detalhado.
Enquanto isso, “Sem coração”, dirigido por Nara Normande e Tião, expande o curta homônimo de 2014. Ambientado em 1996, o filme acompanha um grupo de adolescentes em uma vila de pescadores no litoral de Alagoas. A narrativa oscila entre ações coletivas e a intimidade de duas personagens, explorando questões como machismo, homofobia e preconceitos de classe de forma sutil e poética.
Através de uma abordagem realista e sensível, “Sem coração” destaca a vida pulsante dos jovens e sua relação com o ambiente ao seu redor, aproveitando a beleza natural da paisagem local. O filme é marcado pela atuação cativante das protagonistas e pela cinematografia impecável, conquistando prêmios em importantes festivais.
https://ims.com.br/blog-do-cinema/uma-baia-e-sem-coracao-por-jose-geraldo-couto/
