Devido à crise econômica na Argentina, as exportações do Brasil para o país diminuíram 31,5% em janeiro de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse resultado resultou na diminuição da participação do vizinho sul-americano nas exportações brasileiras, caindo para apenas 2,8% em janeiro, o menor valor para esse período do ano, conforme demonstrado pelo Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado em 20 de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que começou a realizar levantamentos nesse sentido em 1998.
“O segundo menor valor foi durante a crise do início dos anos 2000, de 3,5% em janeiro de 2002. Um reflexo da crise atual foi a diminuição das vendas de carros de passeio, que apresentaram uma redução de 38,2% em valor”, afirma o relatório do Icomex.
Em relação aos outros principais parceiros comerciais do Brasil, as exportações para a China aumentaram 56,2% em janeiro, em volume, e 31,6% para os Estados Unidos. Já para a União Europeia, as vendas brasileiras diminuíram 18%.
Outros países
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,5 bilhões em janeiro, o maior valor para o mês na série histórica que começou em 1997. Segundo a FGV, a China contribuiu com US$ 2,7 bilhões para o superávit registrado em janeiro. Além disso, também houve saldos positivos relevantes nas trocas comerciais com África, Oriente Médio e América do Sul (excluindo a Argentina), totalizando US$ 2,4 bilhões, e com a Ásia (excluindo a China), cerca de US$ 1,2 bilhão. Os Estados Unidos contribuíram com US$ 244 milhões para o superávit da balança comercial de janeiro.
“A China lidera o saldo comercial, mas os dados mostram a importância do Brasil em continuar sendo um ‘global trader'”, afirmou a FGV.
O relatório do Icomex aponta que o superávit recorde de janeiro confirma a previsão de um cenário favorável para o desempenho da balança comercial brasileira em 2024.
No mês passado, em comparação com janeiro de 2023, as exportações aumentaram 18,5% em valores, enquanto as importações diminuíram 0,1%. Os volumes aumentaram, mas os preços caíram. Em volume, as exportações cresceram 21,1%, e as importações subiram 9,7%. Em relação aos preços, houve uma queda de 2,0% para as exportações e uma redução de 8,8% para as importações.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
https://gazetadesorocaba.com/exportacoes-para-a-argentina-registram-o-menor-nivel-historico/