Na era atual, a discussão sobre a relação da Geração Z com o ambiente de trabalho tem sido frequente nos podcasts gravados. Enquanto algumas pessoas mais velhas, como os Boomers, rotulam a Geração Z como “instável”, outras analisam que essa geração está transformando o mercado ao priorizar a vida pessoal e a saúde mental.
A questão da briga entre gerações não é recente e tem sido abordada até mesmo em terapias. Terapeutas entrevistados pelo portal Business Insider revelaram que todas as gerações compartilham reclamações sobre sentimentos de inadequação, relacionamentos e dificuldades em lidar com transições na vida.
É importante ressaltar que a saúde mental é um desafio enfrentado por todas as gerações. Estatísticas mostram um aumento significativo no número de adultos que procuram ajuda psicológica nos últimos anos, indicando uma preocupação generalizada em relação ao bem-estar emocional.
Apesar das diferenças entre as gerações, a psicoterapeuta Israa Nasir destaca que todos passam por estágios de vida semelhantes para se tornarem indivíduos completos. Portanto, as gerações podem ser mais semelhantes do que diferentes, apesar das percepções online.
Geração Alfa
A Geração Alfa, nascida por volta de 2010, enfrenta desafios relacionados à saúde mental desde cedo, com transtornos como TDAH e ansiedade sendo comuns entre as crianças. No entanto, muitas delas não recebem o tratamento adequado, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
A conselheira Georgina Sturmer enfatiza que as crianças da Geração Alfa foram duramente impactadas pela pandemia, enfrentando turbulências e incertezas desde tenra idade. A terapeuta Amanda Macdonald ressalta que os pais desempenham um papel crucial nesse período, influenciando a independência e as preocupações das crianças.
O conflito com os pais e as dificuldades comportamentais são comuns entre os membros mais jovens da Geração Alfa, gerando encaminhamentos para terapia para lidar com essas questões.
Geração Z
A Geração Z, com idade entre 14 e 26 anos, enfrenta desafios relacionados à identidade, imagem corporal e amizades. Ansiedade e mau humor são problemas frequentes nessa faixa etária, agravados pela pressão social e comparações nas redes sociais.
Os terapeutas destacam que os jovens da Geração Z estão construindo suas identidades, lidando com a ansiedade da transição para a vida adulta e se conscientizando sobre questões globais como as mudanças climáticas.
Especialistas como Diana Garcia observam que os mais velhos da Geração Z estão explorando seus valores e pensando em carreiras, o que pode gerar ansiedade durante essa fase de descobertas pessoais.
Geração Y
Os millennials, com idade entre 27 e 40 anos, também enfrentam inseguranças ao comparar suas vidas com as versões idealizadas nas redes sociais. Muitos estão se tornando pais ou pensando em ter filhos, o que levanta questões emocionais e reflexões sobre a própria infância.
A conscientização sobre o impacto dos estilos parentais na saúde mental das crianças é uma preocupação crescente entre os millennials, que buscam compreender e superar traumas passados para criar um ambiente saudável para seus filhos.
O pensamento sobre marcos tradicionais, como casamento e filhos, acontece em um ritmo diferente para muitos millennials, levando alguns a buscar terapia para lidar com as pressões sociais e pessoais.
Geração X
Os membros da Geração X, com idade entre 44 e 59 anos, enfrentam desafios como dívidas universitárias, cuidados com os pais idosos e pressões financeiras e emocionais. Essa geração está preocupada em equilibrar suas responsabilidades familiares e profissionais, muitas vezes lidando com o estresse de múltiplas frentes.
Para Sturmer, que trabalha principalmente com mulheres dessa geração, o impacto emocional da menopausa e as pressões cotidianas desempenham um papel significativo no bem-estar mental dessas pessoas.
A Geração X também se preocupa em ajudar seus filhos a lidar com questões de saúde mental, enfrentando desafios adicionais ao equilibrar suas próprias vidas com o suporte necessário para os filhos.
Boomers
Os Baby Boomers, entre 60 e 70 anos, possuem metade da riqueza do país, mas muitos enfrentam inseguranças econômicas e preocupações com a aposentadoria. A transição para a fase mais tardia da vida pode gerar sentimentos de perda de identidade e propósito, levando a desafios emocionais.
À medida que os filhos crescem e seguem seus próprios caminhos, os Boomers enfrentam a necessidade de redefinir seu papel e seu sentido de identidade, o que pode ser um processo desafiador e emocionalmente complexo.