Os profissionais brasileiros estão entre os mais tristes e estressados da América Latina, de acordo com um estudo realizado pela consultoria Gallup. O país ocupa a quarta posição em termos de profissionais tristes, com 25% das pessoas entrevistadas relatando sentir tristeza diária. Em relação ao estresse, o Brasil ocupa o sétimo lugar na região, com 46% dos profissionais afirmando sentir estresse diariamente.
Além disso, o estudo apontou que profissionais mal geridos têm 60% mais chances de experimentar altos níveis de estresse. Outros fatores que podem desestabilizar o estado emocional no ambiente de trabalho incluem carga excessiva de trabalho, falta de reconhecimento, ambiente de trabalho hostil, incerteza sobre o futuro, conflitos interpessoais e isolamento.
A solidão diária também foi destacada como um problema significativo, afetando uma em cada cinco pessoas no mundo. No Brasil, a realidade socioeconômica com altos índices de desigualdade e incerteza econômica contribui para a insegurança, estresse e raiva.
Os problemas de saúde mental dos profissionais não afetam apenas suas vidas pessoais, mas também podem ter um impacto financeiro nas empresas, resultando em uma perda de US$ 8,9 trilhões anualmente na economia global. Para melhorar a saúde mental no trabalho, é importante que as empresas abordem o bem-estar mental dos funcionários, implementando políticas de trabalho flexíveis e promovendo treinamentos para gerenciar as emoções.
É fundamental fomentar uma cultura de bem-estar no ambiente de trabalho e buscar equilibrar os sentimentos negativos com os positivos, visando melhorar a qualidade de vida dos profissionais. Medidas como o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental e iniciativas de promoção de ambientes de trabalho inclusivos podem contribuir para a melhoria desses números no Brasil e na América Latina.