Houve um aumento de 0,20% no valor do dólar, chegando a R$ 5,432 nesta terça-feira (18), após um dia de oscilações no mercado em preparação para a decisão do Copom sobre a taxa de juros, que será anunciada amanhã (19).
O dólar atingiu seu maior valor desde janeiro de 2023, enquanto o índice Ibovespa subiu 0,41%, encerrando o dia aos 119.630 pontos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista à rádio CBN, acusando-o de trabalhar contra o país. Lula também questionou a manutenção da taxa de juros, que está sendo analisada pelo Copom, prevendo que não há motivo para a taxa Selic permanecer igual.
Apesar de ter aberto em alta, o dólar chegando a R$ 5,44, a moeda americana acabou caindo ao longo do dia. Esse movimento no câmbio pela manhã refletiu o que estava acontecendo no mercado internacional.
Dados econômicos divulgados nos EUA e declarações de autoridades do Federal Reserve também influenciaram o cenário. As vendas no varejo nos EUA aumentaram 0,1% em maio, enquanto o presidente do Fed de Nova York, John Williams, indicou uma possível queda gradual nas taxas de juros no país.
No Brasil, a expectativa é de que o BC mantenha a taxa de juros inalterada, em meio a incertezas domésticas e externas. Analistas acreditam em uma decisão unânime e um comunicado mais coeso, evitando divergências que possam gerar ruídos no mercado.
Os economistas consultados pelo BC preveem a manutenção da taxa Selic em 10,50%, sem novos cortes até o final do ano. Esse cenário considera a deterioração das expectativas de inflação, a desvalorização do real frente ao dólar, o aumento do risco fiscal e a incerteza no cenário externo.
Nas últimas semanas, a pressão por cortes de gastos por parte do governo tem crescido, diante da perda de confiança dos investidores na solidez das contas públicas.