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Análise | Longlegs: A Ligação Mortal (2024): uma visão apocalíptica à la Osgood Perkins

Explorando profundamente as referências bíblicas e o horror satânico, “Longlegs: Vínculo Mortal” mergulha nas profundezas do mal retratado no Livro do Apocalipse, trazendo à tona o surgimento de bestas que ecoam a presença de Lúcifer. O filme de Osgood Perkins segue a agente do FBI Lee Harker em sua jornada para desvendar os crimes misteriosos ligados ao enigmático assassino Longlegs.

A atmosfera de terror subjetivo presente em “Longlegs” desafia as expectativas do público, afastando-se das comparações com clássicos do gênero para se inspirar em obras como “A Cura” e “Caçador de Assassinos”. A construção teatral dos vilões, incluindo a interpretação marcante de Nicolas Cage como adorador do Diabo, adiciona camadas de profundidade à narrativa.

A direção de Perkins enriquece a trama ao inserir elementos do Apocalipse através do trabalho de câmera e da alternância entre filmagens em digital e 35mm. A dualidade entre presente e passado, representada visualmente, cria uma tensão constante que permeia toda a narrativa.

No desfecho, “Longlegs” se destaca ao trazer o sobrenatural para o realismo de forma orgânica, consolidando o domínio de Perkins em explorar o mal sob uma nova perspectiva. Apesar de certas oportunidades perdidas no desenvolvimento do enredo, o filme se sobressai ao personificar as entidades malignas do Apocalipse com maestria.

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