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Desvalorização do dólar é influenciada por eventos no exterior e CSN, no entanto aumento das taxas de juros do Tesouro limitaqueda.

O dólar está em baixa em relação ao real hoje, com uma pequena realização de lucros após atingir o patamar de R$ 5,00 ontem. Traçando um panorama geral, o mercado de câmbio está se ajustando à queda do dólar em comparação a algumas moedas emergentes e ligadas a commodities em relação ao real, como o peso mexicano.

Há também a possibilidade de um movimento de venda antecipada, antecipando a liquidação prevista para a próxima terça-feira da captação externa da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no valor de US$ 700 milhões, com a reabertura de bônus 2030.

O mercado financeiro ficará fechado na segunda e terça-feira devido ao feriado de carnaval no Brasil, que começa amanhã. Além disso, a liquidez na próxima semana pode ser afetada pelo feriado de Ano Novo Lunar na China, que começou hoje e se estende até a próxima semana, com os mercados chineses fechados.

O recuo do dólar está sendo limitado pelo aumento dos juros futuros, alinhado com a curva de Treasuries, depois que dirigentes do Federal Reserve indicaram que é cedo para cortar as taxas nos EUA.

Os investidores também estão atentos ao volume de serviços prestados no país, que registrou crescimento menor do que o esperado em dezembro, na comparação mensal, e uma queda maior do que a prevista na comparação anual.

O mercado está focado também no cenário político, nas relações entre o Congresso e o Executivo após a operação da Polícia Federal que atingiu o ex-presidente Jair Bolsonaro e o seu partido, o PL. Essas incertezas levaram o dólar a ultrapassar a marca de R$ 5,00 ontem e encerrar a R$ 4,9896 – o maior valor de fechamento desde outubro.

Em relação às negociações entre o governo e o Congresso para alterar o prazo e o escopo da reoneração da folha de pagamento, o governo recuou e concordou em considerar a possibilidade de retirar a reoneração da medida provisória (MP) e enviar um projeto de lei (PL) para o Congresso com a proposta.

O Índice de Governabilidade (I-Gov) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi de 44% em janeiro – durante o recesso do Legislativo e do Judiciário -, um ponto acima do resultado dos dois meses anteriores, de acordo com um levantamento da 4Intelligence, empresa de inteligência de dados.

No Legislativo, o índice teve uma leve melhora de um ponto percentual em comparação com o último levantamento, registrando 16% nesta aferição. O índice é divulgado com exclusividade pelo Broadcast Político.

Às 9h46, o dólar à vista estava em queda de 0,17%, a R$ 4,9861. O dólar futuro para março recuava 0,18%, a R$ 4,9950.

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