O mundo do cinema de monstros gigantes ainda está em alta, com o chamado “Monsterverse” conquistando muitos fãs. Apesar da qualidade questionável das obras, como é o caso de “Godzilla e Kong: O Novo Império”, o público parece ser atraído por algo além da excelência técnica. Há uma vontade de se divertir com um filme leve e descompromissado, o que acaba sendo dificultado pela repetição de batalhas intermináveis nos filmes da franquia.
Na história, Godzilla e o poderoso Kong precisam enfrentar uma ameaça colossal que ameaça a existência de ambos e da humanidade. A trama parece grandiosa no papel, mas na prática se mostra como uma sucessão de clichês e situações convenientes. A falta de coesão e a qualidade duvidosa do elenco também contribuem para a sensação de que o filme é apenas uma desculpa para reunir os monstros em combates épicos.
Enquanto os filmes continuarem sendo lucrativos, é provável que mais continuações sejam produzidas. É possível se divertir com um filme ruim, especialmente se você aprecia as coreografias de luta dos monstros. O CGI dos personagens está bem feito, mas a fotografia deixa a desejar. O diretor Adam Wingard conseguiu entregar um filme no estilo “pré-Vingadores dos Monstros”, e provavelmente veremos mais filmes desse tipo no futuro. No fim, a diversão que se pode tirar de “Godzilla e Kong: O Novo Império” vai depender do seu humor no momento, mas é inegável que o filme deixa a desejar em diversos aspectos.