O recurso oferecido pelo governo para lidar com o roubo de celulares é o aplicativo Celular Seguro, lançado em dezembro de 2023. Ele promete inutilizar celulares extraviados, seja por furto, roubo ou perda do aparelho, bloqueando funções de alto risco do smartphone com um único botão de emergência. Através desse aplicativo, o dono do celular pode escolher pessoas de confiança para conceder acesso à função de bloqueio, contanto que o cadastro do aparelho seja feito no portal gov.br.
De acordo com o advogado especialista em direito do consumidor, Alexandre Berthe, os criminosos têm se especializado cada vez mais e um dos golpes mais destrutivos atualmente é o “golpe do limpa tudo”, onde os assaltantes, ao roubar um celular desbloqueado, utilizam a opção “esqueci minha senha” para fazer transações e causar prejuízos financeiros.
Para se proteger, o consumidor que teve o celular roubado precisa agir rapidamente, ligando imediatamente ao banco para bloquear todos os acessos e registrar um boletim de ocorrência. Se, mesmo assim, o banco autorizar transações prejudiciais, é possível reclamar na instituição financeira. Há um prazo para que o cliente receba uma resposta aos seus questionamentos, e, caso não seja satisfatória, é possível entrar com uma ação judicial. Cada banco tem suas políticas de ressarcimento, variando em prazos e procedimentos. Por exemplo, a Caixa Econômica Federal tem um prazo de até cinco anos para reclamações, enquanto o Bradesco realiza uma análise da conta que recebeu os valores antes de proceder com a devolução.
Além dos bancos tradicionais, as fintechs também enfrentam desafios com a segurança digital, investindo em orientações e ferramentas para garantir a proteção dos dados dos clientes. Quem utiliza bancos digitais também pode recorrer a essas estratégias para se proteger de possíveis fraudes.
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